sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Curiosidades

Em 1781 o famoso astrônomo britânico William Herschel descobriu o planeta Jorge. Jorge?! Que planeta é esse? É que Herschel havia dedicado sua descoberta ao então soberano da Inglaterra, o rei Jorge III. É claro que, por motivos políticos, muitos países protestaram contra essa decisão. Mesmo assim, durante muito tempo chamou-se o novo astro de Georgium Sidus ou, simplesmente, a "Estrela de Jorge". 

Quase setenta anos mais tarde, por volta de 1850, a comunidade científica finalmente aceitou o óbvio: o sétimo planeta – depois de Júpiter e de Saturno – seria chamado Urano. Assim, o Sistema Solar refletiria a ordem cronológica sugerida pela mitologia greco-romana. Pois Urano, a personificação dos céus, é pai de Saturno e avô de Júpiter. 

Herschel também descobriu dois satélites de Urano e outras duas luas foram encontradas pelo astrônomo inglês William Lassel. O filho de Herschel propôs os nomes Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon, os primeiros satélites naturais cujos nomes não se originam da mitologia greco-romana. São, na verdade, personagens da literatura inglesa. 

A presença de hidrogênio e metano na atmosfera é responsável pelos tons esverdeados e azulados de Urano, que apresenta uma aparência uniforme, com umas poucas nuvens esbranquiçadas. 

Por causa da grande inclinação do eixo de rotação, quase paralelo ao plano de sua órbita, os pólos de Urano se aquecem mais que as regiões equatoriais. 

O eixo do campo magnético de Urano também possui a maior inclinação de todo o Sistema Solar, 55° em relação ao eixo de rotação. A origem desse campo é a mesma dos demais planetas: uma massa fluida, condutora, em contínuo movimento devido ao movimento de rotação. 

Em 1977 descobriu-se quase por acaso um sistema de anéis em volta de Urano, depois confirmado pela sonda Voyager 2. Não tão belos e brilhantes quantos os de Saturno, mas em seu interior foram encontrados nada menos que 18 satélites, chamados pastores, que governam as órbitas dos anéis mais finos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Anéis de Urano

Os anéis de Urano foram descobertos somente em 1977, por ocultação de uma estrela, usando-se numa série de fotos para análise da atmosfera uraniana.
Os anéis localizam-se na parte interna das órbitas dos satélites. Possuem muitas divisões, são opacos e bastante estreitos, com menos de cem quilômetros quilômetros no sentido radial.
Até onde se sabe, são formado de gêlo e partículas escuras que não refletem mais que que 5% da luz incidente.
Sua origem também é incerta, mas acredita-se que sua formação se deu devido a choques de pequenos satélites, mas a escassez de dados ainda não permite formular hipóteses mais concretas.

Satélites Naturais

As cinco maiores luas de Urano foram descobertas entre 1787 e 1848 e são conhecidas como as grandes luas de Urano. A missão Voyager detectou mais dez satélites entre 1985 e 1986 e outras foram descobertas recentemente, elevando o número de satélites naturais para 27.
Sabe-se que compõem um sistema regular como o de Júpiter e Saturno, com órbitas quase circular e pouco inclinadas em relação ao plano equatorial.
Os quatro maiores deles, Ariel, Umbriel, Titânia e Oberon, tem diâmetros entre 1.100 e 1.600 km e devido ao baixo índice de reflexão verificado são constituídos de gelo sobre a superfície.
Alguns astrônomos acreditam que esse gelo esteja contaminado com uma substância escura, porém não indentificada.
O quinto satélite conhecido é Miranda e tem 400 km de diâmetro. Miranda e foi o satélite observado mais de perto pela Voyager II e apresenta uma superfície coberta de vales, crateras e montanhas que comprovam atividades geológicas no passado. Foi descoberto em 1948 pelo astrônomo Gerald Kuiper, Os picos mais elevados de Miranda chegam a mais de 15 mil metros de altitude.

Literatura

Os nomes dos satélites de Urano foram tirados de personagens das várias peças de William Shakespeare e também das obras de Alexander Pope.
Veja alguns nomes:

  • Oberon (Sonho de uma noite de verão de Shakespeare)

  • Titânia (Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare)

  • Umbriel (The Rape of the lock, de Alexander Pope)

  • Ariel (A Tempestade, de Shakespeare)

  • Miranda (A Tempestade, de Shakespeare)

  • Puck (Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare)

  • Pórcia (O Mercador de Veneza, de Shakespeare)

  • Julieta (Romeu e Julieta, de Shakespeare)

  • Créssida (Troilo e Créssida, de Shakespeare)

  • Rosalinda (Como lhe aprouver - As You Like It, de Shakespeare)

  • Belinda (Rape of the lock, de Pope)

  • Desdémona (Otelo, de Shakespeare)

  • Cordélia (Rei Lear, de Shakespeare)

  • Ofélia (Hamlet, de Shakespeare)

  • Bianca (A fera amansada - Taming of the Shrew - de Shakespeare).

  • Sycorax


  • Foto: Lua Miranda, de 400 km de diâmetro, registrada pela Voyager 2 em 1986.

    Campo Magnético

    Campo Magnético

    Durante a passagem por Urano, a Voyager II detectou um campo magnético inclinado 58 graus com o eixo de rotação, mas que não passava pelo centro do mesmo.
    Os astronômos pensaram que se tratava do único caso no Sistema Solar e que talvez por coincidência a sonda tivesse passado pelo planeta no exato momento de inversão desse campo, a exemplo do que já ocorreu na Terra.
    Porém quando a sonda Voyager II passou por Netuno em 1989, essa situação deixou de ser um mero acaso, já que Netuno também tinha o campo magnético muito parecido, inclusive inclinado próximo de 50 graus e também deslocado do centro da metade do raio.

    Superfície

    Superfície

    Mesmo sendo um planeta gasoso, sua massa é pequena quando comparada ao gigante Júpiter. No entanto, o estudo dos dados enviados pela sonda Voyager II mostraram que o núcleo de Urano é mais denso e de composição muito diferente quando comparado a Júpiter e Saturno.
    Urano apresenta ainda quantidades relativas de gelo, carbono, oxigênio, silício, nitrogênio e ferro, no lugar da predominância do hidrogênio e hélio encontrada em Saturno e Júpiter.
    Os modelos sobre a estrutura interna são bem confiáveis e mostram que tanto Urano como Netuno possuem núcleos constituidos de silício, ferro e outros elementos pesados em menor quantidade.

    Atmosfera

    Atmosfera

    Se comparada aos outros planetas gasosos (ou jovianos), a atmosfera superior de Urano é muito calma. A análise de imagens mostrou que as variações de cor não ultrapassam 5%, e especificamente a região verde do espectro visível é provavelmente causada pela absorção selectiva da luz solar por parte do metano presente em sua atmosfera.
    Como a inclinação do eixo de rotação chega a 82.5 graus, apenas uma parte do planeta é iluminada enquanto a outra passa por períodos de até 42 anos na escuridão. Esse fenômeno é único no sistema solar, provocando no planeta profundas mudanças de circulação atmosférica.

    Caracteristicas de Urano

    - Urano é possui uma cor azulada em função da presença do gás metano em sua superfície.
    - A atmosfera do planeta Urano é formada por Hidrogênio (83%), Hélio (15%), Metano (1,99%) e, em menor pouca quantidade, Amônia, Etano e Acetileno.
    - Urano possui 27 satélites (luas) naturais, sendo os maiores Titânia, Oberon, Umbriel, Ariel e Miranda. Possui também um sistema de anéis.
    - O diâmetro equatorial deste planeta é de 51.724 km.
    - A massa de Urano é de 8.686×1025 kg.
    - A distância de Urano do Sol é de 2.870.000.000 de km.
    - Possui uma inclinação axial de aproximadamente 90°.
    - O núcleo deste planeta é constituído de gelo e rochas.
    - O período orbital deste planeta dura 84 anos.
    - A superfície de Urano é extremamente fria, sendo que a temperatura média é de -200°C.
    - A campo magnético de Urano é inclinado em 60° (em relação com o eixo rotacional).